A decisão busca preservar o mínimo de dignidade para questões de moradia e alimentação às famílias das vítimas
A Justiça do Trabalho atendeu, no último domingo (6) a um pedido de urgência emitido pelo Ministério Público do Trabalho de Cascavel e determinou que a C.Vale Cooperativa Agroindustrial realizasse o repasse imediato de pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores que foram vítimas da explosão em Palotina que ocorreu no dia 26 de julho.
A decisão foi tomada pela juíza Mariele Moya Munhoz, e prevê que a empresa deve manter o pagamento dos salários mensais, em depósito na conta do sindicato da categoria, para prestar algum tipo de socorro aos familiares dos haitianos em suas necessidades com alimentação em moradia. O prazo para cumprimento da decisão foi de 48 horas.
Para o procurador do Trabalho Renato Dal Ross – que comanda a investigação do ocorrido – a media é urgente por até o momento, segundo ele, a empresa C.Vale não realizou a consignação dos valores das verbas rescisórias daqueles trabalhadores, além de que, por se tratar de trabalhadores avulsos, sem vínculo com a cooperativa, seus familiares sofreriam grave dano, principalmente quando às necessidades mínimas para se manterem dignamente com moradia, contas pagas e alimentação.
Ainda para Dal Ross, o pagamento se faz extremamente necessário até que se resolva a questão das indenizações integrais por danos materiais e morais aos dependentes das vítimas da explosão.
A tragédia na cooperativa da C.Vale em Palotina matou 9 pessoas e feriu outras 11. Dos óbitos, oito eram trabalhadores de nacionalidade haitiana. Veja abaixo os nomes dos trabalhadores que morreram:
Em nota, a C.Vale disse que foi notificada sobre a decisão e irá analisar o pedido, respondendo aos autos dos processos e cumprindo a legislação.
A Polícia Civil e o Ministério Público do Trabalho ainda estão apurando as causas do acidente.