O estupro de vulnerável, segundo a legislação brasileira, é o abuso sexual cometido contra menores de 14 anos ou pessoas que, por qualquer causa, não possam oferecer resistência. O mais cruel nesse tipo de crime é que na maior parte dos casos, os agressores fazem parte dos vínculos familiares ou são pessoas do convívio da vítima.

 

Toledo apresenta números preocupantes de casos de estupro de vulnerável. Em 2021, foram registrados 35 casos desse tipo de crime na Delegacia da Mulher de Toledo, enquanto que em 2022, foram 80 registros. Um aumento de quase 130% de um ano para o outro. Só nos primeiros dois meses deste ano, a unidade já atendeu 27 vítimas.

 

O Conselho Tutelar é um dos importantes atores da rede de proteção às crianças e adolescentes. O atendimento aos menores, vítimas de estupro de vulnerável, inicia com encaminhamentos à assistência em saúde e também às medidas de proteção.

 

A avaliação que um dos conselheiros do município, Alan júnior Julho, faz é que ainda estamos vivendo consequências do que foi o período de isolamento da pandemia. Muitas vítimas demoram a revelar a outros os abusos sofridos.

 

A escuta das menores vítimas de violência acontece com psicólogos, que também atuam no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Nesse momento os profissionais evitam reavivar na memória dos menores os abusos sofridos, mas encaminham as crianças às terapias que ajudam a superar os traumas. O Creas recebe, principalmente, demandas do Conselho Tutelar e vários encaminhamentos são dados para apoiar às vítimas e suas famílias.

 

A principal arma para combater esse tipo de abuso, segundo especialistas é a informação. Para que as crianças se sintam protegidas.