O professor de yoga de 63 anos, preso preventivamente na última sexta-feira (11) em Florianópolis, negou ter cometido qualquer tipo de abuso sexual. A prisão ocorreu durante uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), com o apoio da Polícia Militar e do Gaeco de Santa Catarina. Por meio de sua defesa, o homem alegou inocência e afirmou que as denúncias podem ter origem em um ato de vingança.
Segundo o MP, o investigado se apresentava como “guru” e “líder espiritual”, aproveitando-se dessa posição para manipular emocionalmente suas alunas, a maioria em situação de vulnerabilidade. Cinco mulheres relataram ter sido induzidas a manter relações sob justificativas espiritualistas, como “empréstimo de energia” ou “evolução pessoal”. Uma das vítimas afirmou que ele alegava ter “apenas dois níveis abaixo de Jesus Cristo” em termos de elevação espiritual.
O advogado Ricardo Ivankio, que representa o professor, afirmou ao repórter Tiago Silva, da RICtv, que as acusações “são infundadas” e “não procedem”. Segundo ele, o acusado mantinha relações de amizade com todas as mulheres que o denunciaram e jamais houve qualquer situação que não fosse consensual.
“Ele nos garantiu que tudo é mentira. Acredita que possa ser uma retaliação de alguém insatisfeito com algum episódio ocorrido no relacionamento. Reforça que nunca cometeu abuso nem qualquer ato sem consentimento”, declarou o advogado.
A defesa também questiona a legalidade da prisão preventiva, destacando que o professor possui residência fixa, nunca foi intimado para prestar esclarecimentos e que a detenção ocorreu com base apenas em depoimentos, sem provas concretas. Ivankio informou que estuda a possibilidade de solicitar o relaxamento da prisão.
“Estamos avaliando o pedido de liberdade. Ele nunca se esquivou da Justiça, tem endereço fixo e sequer foi chamado a depor antes da prisão. Tudo se baseia em relatos, sem qualquer comprovação”, reforçou.
Além da prisão, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado, incluindo uma chácara em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Foram recolhidos documentos, equipamentos eletrônicos, armas e outros itens, que agora passarão por análise no decorrer das investigações.
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Redação - Rádio Carol FM 87,9
Com Informações: Umuarama News
Por: João Victor de Freitas Rodriguês