Uma empresa do Rio de Janeiro está sob investigação por maquiar carnes impróprias para consumo. Segundo a Polícia Civil, a empresa comprava o alimento estragado por menos de R$ 1,00 o quilo. A carne, que ficou submersa nas enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul em maio do ano passado, foi adquirida por cerca de R$ 0,97 o quilo, de acordo com o delegado Wellington Pereira Vieira, da Delegacia do Consumidor (Decon), em entrevista à CNN.
De acordo com as investigações, o grupo obteve lucro superior a 1000%. Notas fiscais apreendidas indicam que a carne de boa qualidade estava avaliada em R$ 5 milhões, mas a empresa comprou 800 toneladas de produtos deteriorados por apenas R$ 80 mil e revendia a carne para outras empresas em todo o país.
Mais de 30 carretas saíram do Rio Grande do Sul com destinos variados. Entre os compradores estava a empresa Frigodias, localizada em Contagem (MG), que adquiriu 15 toneladas do alimento impróprio.
Comercialização de Carne Estragada
A investigação revelou que o lucro da empresa vinha da venda de cortes nobres deteriorados, como picanha, que eram maquiados e revendidos em mercados do Rio de Janeiro. A polícia identificou peças de 900 gramas de picanha podre comercializadas em supermercados da capital fluminense.
Outro aspecto do esquema envolve empresas seguradoras. De acordo com a polícia, frigoríficos eram acionados pelas seguradoras para limpar vias onde ocorreram acidentes envolvendo cargas de carne. Em troca, as seguradoras permitiam que terceiros adquirissem o alimento danificado por valores muito abaixo do mercado, lucrando com a operação.
Entenda o Caso
Nesta quarta-feira (22), quatro pessoas foram presas em uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra a empresa suspeita de vender carne imprópria.
A operação contou com o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos investigados no município de Três Rios, Região Centro-Sul Fluminense. A ação foi realizada em conjunto com a Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, que investigava o caso desde maio do ano passado.
Os sócios da empresa adquiriram 800 toneladas de carne bovina estragada, que ficou submersa nas enchentes que atingiram Porto Alegre (RS). Segundo o delegado Wellington Pereira Vieira, a carne sofreu deterioração causada pela lama e pela água acumulada nos frigoríficos durante as enchentes. A empresa, porém, teria maquiado os efeitos da deterioração para revendê-la.
A empresa alega que a compra foi destinada à fabricação de ração animal, o que ainda está sob investigação.
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Redação - Rádio Carol FM 87,9
Com Informações: Umuarama News
Por: João Victor de Freitas Rodriguês