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Denúncia do MP aponta que mulher planejou junto com caseiro a morte do marido depois de descobrir traição

Publicada em 28/05/2025 às 08:33h - 6 visualizações

por Portal Guaíra


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Fatima da Silva, de 48 anos, e Vagner Juliano Calixto Maria, de 37 anos, foram denunciados por homicídio e ocultação de cadáver pelo Ministério Público (MP-PR). Segundo o MP, eles planejaram a morte de Edmar Alexandre Rodrigues, marido de Fátima. Edmar não é visto desde janeiro deste ano e a Polícia Civil (PC-PR) estava investigando o suposto desaparecimento, que foi registrado pela esposa.

O g1 teve acesso ao documento da denúncia. Nela, o MP afirma que Fátima planejou, junto com o caseiro Vagner, a morte do marido depois de descobrir uma traição dele. Segundo a denúncia, Edmar teria um envolvimento com Juliana Aparecida da Silva, esposa do caseiro. O caseiro e a esposa da vítima estão presos preventivamente na Cadeia Pública de Marialva.

Fátima e Vagner foram denunciados no início de maio. O promotor de Justiça Júlio César da Silva ainda considerou que os crimes foram cometidos por motivo torpe, com dissimulação e recursos que dificultaram a defesa da vítima.

Durante as investigações do caso, a Polícia Civil (PC-PR) recebeu denúncias anônimas que falavam sobre o envolvimento de Fátima e de Vagner na morte de Edmar. Segundo o delegado Aldair de Oliveira, responsável pelo caso, a polícia ainda notou inconsistências nas informações prestadas por eles e por isso pediu a prisão temporária de Fátima, do caseiro e da esposa do caseiro.

 

O trio foi interrogado durante a prisão e Vagner chegou a confessar que matou Edmar a mando de Fatima. Ela também foi interrogada, mas preferiu permanecer em silêncio e optou por só se manifestar em juízo.

No dia 27 de abril, a Polícia Civil informou que roupas de Edmar encontradas em uma cova rasa confirmaram a suspeita de um caso de homicídio seguido de ocultação de cadáver. O corpo dele ainda não foi encontrado.

 

O envolvimento de Juliana, esposa do caseiro, no assassinato de Edmar não foi confirmado pela investigação, e por isso ela foi solta e não foi denunciada pelo Ministério Público. Contudo, conforme o delegado, ela continuará sendo investigada em liberdade, em um procedimento que tramita paralelamente ao processo principal.

O advogado Israel Batista De Moura, que atua como assistente de acusação, representando a família de Edmar, disse que estão dando assistência ao Ministério Público e que mais pessoas e fatos aparecerão.

 

O advogado Douglas Rocha, que atua na defesa de Fátima, enviou uma nota ao g1 sobre o caso.

“A defesa da acusada reafirma que ela sofre os efeitos de uma acusação sem provas e de uma prisão absolutamente ilegal, baseada numa narrativa incompatível com os autos e com a realidade dos fatos. Devemos lembrar que, quando a Justiça se veste de ilusão, perde o brilho da verdade. Provaremos ao longo da instrução que Fátima não teve qualquer participação. Com os fatos narrados da denúncia, seguiremos com ética e respeito a legalidade até que a verdade se imponha sobre a injustiça”, disse Rocha.

 

O g1 tenta contato com o advogado de Vagner e Juliana.

Como a traição foi descoberta
Segundo o documento da denúncia, Vagner e a esposa Juliana trabalhavam como caseiros na propriedade de Edmar, auxiliando nos cuidados de vacas leiteiras. Após um tempo, o denunciado descobriu que a esposa estava tendo um relacionamento com a vítima.

 

Edmar e Vagner chegaram a conversar sobre o assunto e o agricultor prometeu doar um terreno de mil metros quadrados como “compensação” da traição. Contudo, a propriedade era da mãe de Edmar, que não aceitou a transferência das terras.

Como não recebeu o terreno prometido, Vagner contou sobre a traição para Fatima e os dois passaram a planejar a morte de Edmar. Segundo a denúncia, Edmar foi assassinado no dia 2 de janeiro.

 

O delegado Aldair informou que o boletim de desaparecimento de Edmar foi registrado por Fátima no dia 3 janeiro. A princípio, ela disse que ele havia saído de casa no dia anterior e não voltou mais.

“Depois realizamos diligências, mas, nos primeiros momentos, nós levantamos suspeitas sobre a versão que era contada pela esposa dele, como horários e itinerários que não batiam”, informou Aldair.

 

Denúncias anônimas e inconsistências nas informações levaram às primeiras suspeitas contra a esposa de Edmar
Durante as investigações, a polícia também recebeu denúncias anônimas que diziam que Fatima havia sido a mandante do assassinato de Edmar e que houve a participação de um casal que havia trabalhado para eles na propriedade. Depois, um testemunho protegido confirmou as informações denunciadas, segundo o delegado.

Aldair informou que foram ouvidas 20 pessoas no inquérito. A investigação também reuniu laudos periciais e dados de celulares dos investigados.

Com a junção das provas e denúncias, o delegado optou por pedir a prisão temporária de Fatima, Vagner e Juliana, por 30 dias, em março. Como a investigação continuou, o prazo da prisão foi prorrogado.

Agricultor foi enganado pela esposa para sair de casa e ser pego em emboscada, diz polícia
De acordo com o delegado, quando Vagner foi interrogado, ele primeiramente negou o envolvimento no crime. Contudo, quando algumas provas foram apresentadas, ele confessou o assassinado de Edmar.

Ele contou à polícia que a morte do agricultor foi idealizada por Fatima. Segundo Vagner, ela atraiu Edmar para fora de casa, alegando que precisavam buscar lavagem para os porcos que criavam. Foi na volta para a casa que o assassinato aconteceu.

Conforme o depoimento do ex-caseiro, Fatima escondeu uma arma próximo a uma cerca, para que ele pegasse e fosse até o ponto de encontro combinado entre eles. Vagner disse que parou o carro nas imediações da Estrada Ribeirão Sarandi, dentro do limite territorial de Maringá, e levantou o capô para fingir que o veículo estava quebrado.

“Ele disse que a Fatima e a vítima estavam retornado pra casa, quando pararam o carro para dar ajuda e foi nesse momento que o Vagner deu dois tiros na cabeça de Edmar. Ele colocou a vitima na caçamba do carro da Fatima e foram até a cova onde ficou o corpo dele no inicio”, contou o delegado.

Polícia acredita que Fatima desenterrou Edmar, o esquartejou e o jogou em um rio
O delegado informou que no depoimento de Vagner, o suspeito contou que Fatima estava apreensiva que a polícia encontrasse o corpo de Edmar durante buscas feitas na casa dela em fevereiro.

Por isso, Vagner contou que ela foi até onde o corpo do agricultor estava enterrado, o tirou da cova e o esquartejou. Depois, colocou os pedaços em um tambor e jogou no Rio Pirapó.

À polícia, Vagner disse que não participou dessa fase. De acordo com o delegado, existe a suspeita de que outra pessoa, ainda desconhecida, tenha participado desse momento com Fatima.

Segundo o delegado Aldair, foram encontrados um shorts e uma cueca, que eram usadas por Edmar quando ele desapareceu. As roupas estavam em uma área de mata e foram encontradas após uma varredura da Polícia Cientifica.

O delegado informou que foram colhidas amostras das peças para serem analisados pelos peritos. No local também foram encontrados vestígios de um corpo humano.

“Nós ainda não sabemos o destino que foi dado a esse corpo, mas agora nós temos a certeza material de que se trata de um homicídio seguido de ocultação de cadáver praticado pela ex-esposa, Fatima, junto com o ex-caseiro, Vagner”, explicou o delegado.

 




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