A mulher vítima de um estupro coletivo em Morretes, no Litoral do Paraná, só descobriu que havia sido violentada ao ser encontrada pela Polícia Civil. Ela estava desacordada no momento em que a violência sexual ocorreu. A situação foi gravada em vídeo e dois homens foram presos nesta terça-feira (28).
A Polícia Civil começou a investigar o caso depois que um vídeo viralizou nas redes sociais e grupos de WhatsApp. O estupro coletivo aconteceu, no último domingo (26), na rodoviária de Morretes.
No vídeo, que a reportagem da Banda B teve acesso, o homem aparece abusando sexualmente da mulher, acompanhado de outros três indivíduos – dois estavam acordados e o terceiro dormindo. A testemunha que gravou estava dentro de um veículo (não há informações se ela acionou a polícia). Quando percebeu a presença do carro, o homem parou de praticar o abuso sexual. A Banda B optou por não divulgar o vídeo para preservar a integridade da vítima. Segundo o delegado Diego Troncha, os dois presos não souberam dizer quem seria a vítima.
“Os próprios autores não souberam dizer sequer o nome dela. Apesar de estarem todos juntos ali no momento, a vítima e os autores não são moradores de rua em si. Eles têm um endereço, mas costumeiramente ficam em uma situação de rua e dormem em locais públicos de Morretes”, detalhou Sem saber quem era a vítima, a polícia iniciou um trabalho de investigação minucioso para encontrar a mulher. Ela só soube que tinha sofrido o abuso quando viu o vídeo. “Nós tivemos que realizar um trabalho de inteligência policial para descobrir quem ela era. Fomos até a casa dela, a trouxemos até aqui e aí sim ela descobriu que havia sido vítima de um estupro coletivo enquanto estava inconsciente. No momento em que ela viu o vídeo, ficou em choque. Estava apresentando um nervosismo bastante acentuado. Então, nós a ouvimos e a acolhemos aqui na delegacia”, contou o delegado.
Vítima desacordada
Conforme apurado, os indivíduos aproveitaram que a vítima encontrava-se desacordada em razão da ingestão de álcool e cometeram o crime. “Todos foram unânimes em dizer que beberam a noite inteira e também foram unânimes em dizer que não houve a ingestão de droga ilícita”, afirmou Troncha.
A mulher fez exames médicos e passou pelo processo de profilaxia. Ela também recebeu suporte psicológico. A Polícia Civil agora quer saber se outros homens participaram do estupro coletivo. “Segundo os próprios autores, havia outras pessoas ali durante a madrugada. Nós vamos colher os depoimentos de testemunhas para saber se existem outros autores que cometeram esse crime hediondo contra essa mulher de forma que possamos responsabilizar todos os envolvidos neste ano”, explicou o delegado Diego Troncha.
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Redação - Rádio Carol FM 87,9
Com Informações: Umuarama News
Por: João Victor de Freitas Rodriguês